quinta-feira, 5 de maio de 2011

Boa, Zezé Motta!

Na edição de O Globo de 04/05/2011, o jornalista Ancelmo Gois publica a seguinte nota:
“Zezé nas alturas
Segunda, num voo Fortaleza-Rio, Zezé Motta liderou um levante feminino contra um homem que, ao ouvir o anúncio de que o avião era comandado por uma mulher, fez o seguinte comentário machista:
- Vamos arriscar?!
Aí...
 A querida atriz e cantora mudou de lugar e organizou com outras mulheres a bordo uma salva de palmas para a comandante, que conduziu toda a viagem com muita competência.”    

Eis o que se pode chamar de ação-relâmpago de consciência feminista.

O fato acima narrado é prova de que não se pode ter o feminismo como um movimento superado. A desconfiança quanto à habilidade e competência da Comandante do vôo só se explica em razão do preconceito. Em verdade, é ainda muito difícil para os homens aceitar mulheres no exercício de cargos e funções de comando. A prática de discriminação de gênero reservou para as mulheres a ocupação de determinados lugares – lugares mais ou menos confinados ao universo doméstico. 

O temor do passageiro quanto ao desempenho da Comandante lá nas alturas pode ser lido como boa metáfora da dificuldade dos homens em conviver com a verdade de que não há mesmo nenhum impeditivo a que as mulheres voem mais alto e sejam tratadas com igualdade e que, no plano profissional,  sejam plenamente capazes de desempenhar suas funções com inteligência, zelo e competência, atributos não privativos de sta ou daquela orientação sexual.    

Um comentário: