segunda-feira, 18 de novembro de 2019

... para não desistir...


Depois de três anos off, volto a ativar este blog. 

Se me pergunto porque parei, não obtenho resposta convincente. 

Parei por preguiça? Parei por descrença? Parei por achar que o patriarcado será eterno e toda consciência feminista coletiva não será suficiente para reverter tal ordem tão bem estruturada ao longo da História?

Para não desistir deste ímpeto de retomada, melhor seguir outra linha de indagação: que tal voltar a escrever em meu blog?

Volto porque sou feita de questionamentos que me tiram o sono nas altas madrugadas. Às vezes, de manhã, já não lembro mais de nada. Às vezes o texto vai para o meu "Notas" no aparelho celular e até o transformo em matéria editável. 

Noutro dia, em curiosa sequência de fatos, minha juventude se fez presente. 
De manhã, caminhando pela Bartolomeu Mitre em direção à praia, tive a sensação de que o tempo não conta. Sentia-me leve e despojada nas Havaianas.
De noite, fui ao lançamento do livro de Samantha Gilbert - “Caminho Solo” - em que fala de sua coragem ao fazer o Caminho de São Thiago de Compostela.

“Para Comba, lembrança boa de uma moça loira, sabida e inteligente”.

A moça idealizada por Samanta traz à lembrança meu ativismo feminista.

Para não ficar só na lembrança dos tempos de descobertas e esperanças, retomo meu espaço de reflexão. E me junto ao coro feminino pela afirmação da História das Mulheres e pelo pleito tão simples de respeito à nossa liberdade de ser como somos: diferentes mas não desiguais.      

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