Descobrir a escrita de Marina Tsvetáieva (1892-1941) foi uma das surpresas literárias mais importantes de minha vida. Todo o trágico que emana de sua escrita tocou-me intensamente. Ler Marina foi uma rica experiência de vida. Sua leitura me fortaleceu, me ensinou a viver de um modo mais completo. Conheci-a pela obra de Tzvetan Todorov - "Vivendo sob o Fogo" (Martins Editora Livraria Ltda, São Paulo, 2008).
De Marina:
"Entre o sexo e o cérebro, situados nas extremidades de nós mesmos, há o centro, a alma, onde tudo se cruza, se une e se funde e de onde tudo sai transfigurado e transfigurador."
"...não há mundo pequeno: o que há são olhos pequenos..."
"Escrevo para compreender - é tudo que posso dizer sobre meu ofício."
"O que importa para o poeta não é descobrir o lugar mais distante, remoto. Mas o mais verdadeiro".
"Todos os meus "não quero" foram espirituais; não tive "não quero" físicos - certamente por meu corpo ser extremamente democrático, ele se acostumou antes de mim... "
"Minha única alegria é a poesia. Escrevo como se bebe - não vinho, mas água. E nessa hora sou feliz, segura de mim. "
"Oh, meu Deus! Como explicar que poeta - é antes de tudo uma ESTRUTURA DE ALMA!"